segunda-feira, 12 de março de 2012

O menino

O menino

              O Menino nos degraus do Templo
 
O trabalho das baiaderas, as Devadases, era grande e estafante,
ainda mais sob o calor do Sul da India.
Nadaja levava seu irmão caçula para o Templo, afim de dar um
descanso à mãe, atribulada com os tecidos nos teares e a con-
fecção de cestos de palha.
No Templo, a limpeza dos altares e as aulas dos mestres de Dança
e Hinduismo - o Templo era do deus Murunga, um filho do deus
Shiva com sua esposa Parvate, e Murunga era conhecido como
aquele que montava o pavão, para seus trabalhos de contenção de
epidemia de doenças e invasões de povos vizinhos mais pobres.
E Essa Existencia na India, se fazia com o trabalho das baiaderas
que como esposas do deus do Templo, também se consideravam
semi-deusas de uma corte semi-divina para o intercalo eterno da
Vida no Planeta Terra.
Nadaja fazia o irmão caçula sentar-se no primeiro degrau do Templo,
para lhe facilitar o trabalho no Templo e ao mesmo tempo vigiar o
menino.
O templo ainda existe... e como existe!
Cansada pela procura do Templo, ela, a devadase, brasileira,
moradora na Zona Sul do Rio de Janeiro, Ipanema, Rua Visconde
de Pirajá, 206, hoje um Edificio de Apartamentos, entrou no Templo
Thiruparacundram, decepcionada em sua procura, quando, de re-
pente, as paredes do Templo falaram com ela, a Devadase, que
então, chorou... como nunca em sua triste Vida, com a Dedicação
Eterna ao deus Shiva, católica, feito Primeira Comunhão Igreja de
Nossa Senhora da Paz,..
Ha 200 anos, um dia, a Devadase, sentou o irmão caçula no primeiro
degrau do Templo - soubesse ela que era a ultima vez, pois naquele
dia, o amante cortaria com uma faca afiada sua graganta, num acesso
de ciumes... pois era preferivel ve-la morta que perde-la supostamente
para outro homem...
Os Sinos da Igreja da Paz... a descrença dos cariocas que a desafiavam
de se lembrar de Uma Vida no Sul da India... e quanto sofrimento ela
padeceu,,, muitas vezes, quase a loucura, ela suportou um desafio da
Vida diante de um País inteiro... o Brasil...  mas um pequeno Templo
 no Sul da India levou-a a desafiar as Religiões criadas pelos homens...
Foi pela Internet que Nadaja localizou seu irmão de quatro anos que
ficara em Madurai e também foi numa Seção Espirita Kardecista, numa
bela e rica mansão em Copacabana, que a alma do amante ciumento
através dos mediuns videntes e auditivos, deu-lhe oportunidade de ele
             vir pedir Perdão... ela lhe perdoou sim,
             não podia manda-lo ... à m....
 Sim eu sou Clarisse de Oliveira, neta de Clarisse Lage Indio do Brazil,
 que não teve filhos e adotou a afilhada Ruth Indio do Brazil, ja morta,
 criança filha de um chinês e uma brasileira, única herdeira de Arthur
 Indio do Brazil e Clarisse - eu me assino somente com o nome do meu
 pai, Oliveira, e nascí no dia 7 de outubro, coincidentemente, o dia 7,
 de outubro, dia da morte por assassinato de Clarisse Indio do Brazil,
                          - 7 de outubro 1920 -
                     - estranho, não, as duas Clarisses
                        morreram assassinadas...
                                              
 

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