Desde que comecei a compreender os costumes da
casa, percebi que uma espécie de fantasma, acompanhava
meus passos, silenciosamente ao meu lado...
"Ele" foi um mago, em sua outra vida encarnada na Terra.
Os procedimentos dele, todos os procedimentos, indicavam
"o mago".
Nesta Vida, foi almirante e Senador - mas, perceguia o
titulo de Nobreza que outrora tivera - e o Vaticano lhe envia
o titulo de "marquês".
O corpo da esposa que o adorava, foi mumificado e colocado
no Mausoleu, com uma chapa que o ocultava, chapa essa
toda em bronze, trazendo gravado nela:
- Proibido levantar esta chapa em bronze até para olhar - o
corpo está num caixão de chumbo.
Outrora, quando viveram na Italia, onde meu fantasma os
visitava num Castelo, a esposa o chamava por "Coração".
"Coração" era o símbolo mágico, adorado, corredor que
conduzia à um compartimento secreto, que só abria para os
"dois", e no âmago do símbolo, havia todo um Templo de
inúmeras Crenças e Deduções em certos caminhos do
Universo.
"O Mago" vigiou o corpo sagrado da esposa em todas as
circunstancias: ela morreu de um tiro de revolver em plena
cidade do Rio de Janeiro, em 7 de outubro de 1920 - mas
a autópsia foi feita em sua propria casa e não num necro-
térico qualquer...
Até o momento em que assumi os estudos cabalisticos
devido aos barulhos e visões de vultos que circulavam
pela minha casa que guardava e zelava objetos do "mago"
muito sofri, mas fui fiel à promessa de fidelidade total
ao casal de avós que na minha opinião, guardavam mis-
térios zelados por eles.
clarisse neta
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